Pois que nada que dure, ou que, durando, 
Valha, neste confuso mundo obramos, 
E o mesmo útil para nós perdemos 
            Connosco, cedo, cedo,
O prazer do momento anteponhamos 
À absurda cura do futuro, cuja 
Certeza única é o mal presente 
            Com que o seu bem compramos.
Amanhã não existe. Meu somente 
É o momento, eu só quem existe 
Neste instante, que pode o derradeiro 
            Ser de quem finjo ser.
                
...
                
Read full text
            

 
                    