Depravação Poem by Joao Ninguem

Depravação

Rating: 0.5

Entre as doses de cachaça
Que bebo nesse bar fudido
Penso no meu filho de cinco anos
Mas também lembro da prostituta na esquina, e do psicopata a solta dessacidade em que o delegado nunca o prendeu

Penso na mãe e seu filho
Atravessando a rua
E nos bêbados que tem carros
Nessa cidade
Ah, ebem lembrado hoje é domingo
A vizinha que estava para ser despejada
Por não pagar o aluguel
O pai que não paga pensão
Por não ter trabalho
Os meus amigos que foram assassinados
E dos meus irmãos que morreram no parto, no sobrado abandonado e os drogados, ladrões, traficantes e nos pais de família.

Nas belas moças que existem na cidade que tem fogo que nenhum bombeiro apaga, e só para lembrar não tem uma corporação, quando algo pega fogo os próprios moradores vizinhos jogam água pelo balde, nos poucos imediatos e enfermeiros e no único médico que aqui reside

Eu sei é uma cidade difícil por isso eu sigo nesse mundo louco e incrível
Vivendo o vazio sem prazer
Perdendo a humanidade que ainda exige em mim mesmo

Saturday, December 22, 2018
Topic(s) of this poem: life
COMMENTS OF THE POEM
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Joao Ninguem

Joao Ninguem

Grego
Close
Error Success