Barco Sem Timoneiro Poem by Julio 2 Amarante

Barco Sem Timoneiro

Esta cara que é um rosto de desgosto,
Este posto abandonado, sonho frustrado,
Eu despedaçado, nunca encontrado.

O céu azul na ilusão da percepção do espectro
O pé, o palmo, um salmo na eulogia,
Ser a medida das coisas, a astronomia,
O milionésimo esqueceu Angstrom, um nanómetro
Um espectro pode não ser real, e quiçá se o metro
Durará o quanto pois tudo é frágil, etéreo, passageiro,
Barco sem timoneiro, um sujeito cabreiro,
Um sorriso brejeiro, un jeito malandro,
Um passo de samba, ter nascido bamba,
Esta vida de dois dias dura para caramba!

Então, olhando o sol se pondo,
Quem se sente redondo está errado,
Gnoseológico é o sentir-se quadrado.

Barco Sem Timoneiro
Wednesday, June 17, 2020
Topic(s) of this poem: life and death
POET'S NOTES ABOUT THE POEM
Certas ideias extravazam do meu coloquial português da Europa...que a pátria não leve a mal, camaleão, espírito sem nação, muitos amores, muitos autores, horizontes e a topologia só em teoria.
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